No pain, no gain: sem sofrimento não há resultado

No pain, no gain. Quem conhece alguma pessoa que leva a sério musculação, já deve ter escutado esse lema, que pode ter “sem sofrimento não há resultado” como tradução.

Segundo a Wikipedia, a frase No pain, no gain foi popularizada em um comercial de TV de 1982, no qual Jane Fonda anunciava vídeos de aeróbica. O fisiculturismo apoderou-se do bordão, que hoje é diretamente associado a exercícios de intensa duração.

Mas qual o real significado da frase? Segundo a concepção do No pain, no gain os melhor resultados para a transformação no corpo vão para aqueles que dão mais duro nos exercícios físicos. A ideia é relacionar diretamente o esforço ao resultado.

Embora tenha bases corretas, a ideia não é 100% acurada. Sabemos que os resultados em musculação e exercícios físicos vêm não apenas da intensidade do treino, mas também de uma série de fatores, incluindo:

• Nutrição adequada
• Descanso
• Periodização
• Hidratação
• Predisposição genética
• Idade

Se pensarmos em No pain, no gain apenas como o esforço nos exercícios físicos, estamos indo no caminho errado. Porém se associarmos o esforço a conseguir todos os fatores conjuntamente (como o sacrifício em abdicar de doces, por exemplo), o lema faz mais sentido.

Por que a dor é necessária

Conforme explicamos no post Para criar músculos, é preciso destruí-los, o ganho de massa muscular é uma espécie de mecanismo de defesa do corpo.

Quando fazemos exercícios de alta intensidade, estamos criando microlesões nos músculos. Durante o descanso, o corpo regenera-se um pouco mais forte para aguentar novas cargas semelhantes. E o ciclo continua.

Se fazemos exercícios que não tragam sofrimento (no pain), o corpo não sofrerá as microlesões e não precisará se regenerar mais forte (no gain). Por isso, baixar a carga e não fazer os exercícios até a falha é um erro para quem quer adquirir massa muscular.

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