A melhor forma de se conquistar independência financeira é tirar proveito dos juros compostos dividindo o dinheiro que você consegue guardar em diferentes classes de ativos, tais como câmbio, renda fixa, imóveis e ações. E, dentro de cada uma dessas classes, diversificar ainda mais.

O problema que surge para o pequeno investidor é que diversificar custa caro. Para cada operação que você faz em uma corretora, há a cobrança de uma taxa de corretagem. Por exemplo, se você quiser comprar um lote de ações da Petrobras, além do preço das ações em si, terá que pagar uns R$ 10,00 pela ordem de compra.

O valor pode parecer baixo, mas pense que se você estiver comprando R$ 100,00 dessas ações da Petrobras, só a taxa corresponderá a 10% do seu custo. Assim, só para ficar no zero a zero, a Petrobras teria que subir impressionantes 10%. Só a partir daí você ganharia alguma coisa em termos de valorização do ativo.

A coisa começa a complicar quando vemos que, para ter uma adequada diversificação dentro da classe ações, você teria que deter, no mínimo dos mínimos, 30 ações de empresas diferentes, de diversos mercados. Por exemplo, Petrobras para combustível e energia, Vale para mineração, Itaú para o setor bancário e assim vai.

Para reproduzir um índice como o Ibovespa, por exemplo, esse número pode passar de cinquenta. Agora pense em pagar R$ 10,00 para cada vez que você for comprar ou vender um lote dessas ações. Esse custo vai corroer muito dos seus possíveis ganhos.

Qual a saída, então, para diversificar suas ações pagando poucas taxas?

Entram os ETFs

ETFs ações

O mercado norte-americano criou já há algumas décadas um tipo de fundo de investimento chamado Exchange Traded Funds, ou simplesmente ETFs.

O que esses fundos fazem?

Eles reproduzem a composição de determinados índices de referência, seguindo a lista de empresas e a proporção de cada uma no índice. Por exemplo, imaginemos para fins didáticos que o Ibovespa é composto não por 50+ empresas, mas somente por três: 60% da Vale, 20% da Petrobras e 20% do Itaú.

Um ETF que siga esse Ibovespa fictício teria todos os recursos do fundo aplicados somente nessas três empresas e exatamente nessas proporções. Assim, quando você comprasse uma cota desse ETF na Bolsa de Valores, estaria com uma só compra (e portanto só uma taxa de corretagem) investindo indiretamente em todas as empresas que compõem o índice de referência.

“A maioria dos investidores, tanto institucionais como individuais, verá que a melhor maneira de possuir ações é através de um Fundo de Índice que cobre taxas mínimas. Aqueles que seguem esse caminho terão a certeza de vencer os resultados líquidos (após taxas e despesas) da grande maioria dos profissionais de investimento” ~ Warren Buffet

E esses ETFs existem na bolsa de valores brasileira? Com certeza.

Por aqui, eles também são conhecidos como fundos de índice, reunindo a facilidade de negociação de uma ação com a diversificação que um fundo de investimento proporciona. Veja alguns dos ETFS disponíveis por aqui:

  • BOVA11: segue o Ibovespa
  • SMAL11: segue o índice BM&FBOVESPA Small Cap
  • BRAX11: segue o Índice Brasil (IBrX 100)
  • MILA11: segue o índice BM&FBOVESPA MidLarge Cap
  • CSMO11: segue o índice BM&FBOVESPA de Consumo
  • ECO011: segue o índice Carbono Eficiente – ICO2
  • MOBI11: segue o índice BM&FBOVESPA Imobiliário
  • UTIP11: segue o índice Utilidade Pública – UTIL
  • IVVB11: segue o índice S&P 500 Brazilian Real Index

A relação completa e o detalhamento de cada um deles você pode ver no site da Bovespa.

Você pode pensar que esses ETFs são a mesma coisa que investir em um fundo de ações oferecido pelo seu banco de varejo. A semelhança existe, porém os ETFs costumam ter taxas de administração extremamente baixas e são negociados via home-broker, assim como as ações tradicionais. Ou seja, nada de taxa de entrada ou de saída, regulamentos complicados, adesão assinada etc.

Faça uma comparação. O ETF mais popular no Brasil é o BOVA11, que possui taxa de administração de 0,54%. No Banco do Brasil, o Fundo de Investimento BB Ações Ibovespa Indexado, que segue o mesmo índice, possui taxa de administração de 2,5%. Quase cinco vezes mais!

Os ETFS oferecidos no Brasil seguem diversos índices. Para seguir o Ibovespa, que reúne as maiores empresas da Bolsa de Valores brasileira, você pode comprar cotas do já citado ETF BOVA11. Já para seguir o índice de Small Caps, que reúne empresas menores, você pode comprar cotas do ETF SMAL11. Assim, com duas compras, com duas taxas de corretagem, você estará investindo indiretamente em ações de mais de 100 empresas diferentes.

Com essa alta diversificação a um custo baixo, você diminui consideravelmente as possibilidades de perdas dentro da classe ações devido a um problema em um setor específico da economia ou por problemas específicos de uma empresa.

Reinvestimento automático

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As vantagens dos ETFs não param por aí.

Quando você compra uma ação individual que pague dividendos, esse dinheiro entra na sua conta da corretora de valores. E aí, para reinvesti-lo, você tem que comprar novamente um lote dessa mesma ação, ou de outra que lhe pareça melhor. Ou seja, uma nova taxa de corretagem a ser paga.

No ETF, por se tratar de um fundo de investimento, os dividendos recebidos são automaticamente reinvestidos pela administração do fundo na compra de novas ações que componham o índice. Como o volume de dinheiro é muito maior do que o de um investidor individual, o custo de corretagem é diluído.

Na prática, para você, é como se os dividendos fossem reinvestidos automaticamente sem que você tenha que fazer nada, sem que você tenha que pagar uma taxa de corretagem. Economia de custos e de tempo de uma só vez.

As vantagens dos ETFs são tão grandes que mesmo Warren buffett, provavelmente o investidor mais bem-sucedido de nossos tempos, recomendou aos pequenos investidores que não ficassem tentando bater o mercado comprando individualmente diversas ações. Em vez disso, que investissem seu dinheiro em diversos ETFs.

Por fim, lembre-se de que comprando ETFs você está diversificando apenas dentro da classe ações. Seu patrimônio todo não deve ser investido em ações, mas sim proporcionalmente dividido entre diversas classes de ativos. Ou seja, além das ações, você deve investir em outras classes, como câmbio, renda fixa, imóveis etc.

Esse é um dos caminhos mais seguros para você vencer o desafio de Conquistar Independência Financeira.

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Walmar Andrade

Walmar Andrade é um advogado, programador e jornalista que estuda a relação entre Direito Digital, Tecnologia e Comunicação. Pós-graduando em Direito Digital (UERJ), tem pós-graduação em Direito Legislativo (IMP-DF), MBA em Planejamento, Gestão e Marketing Digital (FECAP-SP) e Master en Comunicación Empresarial (INSA-Barcelona). Escreve também no site walmarandrade.com.br

1 Comment

  1. Que interessante isso! Nem sabia que existia… vou pesquisar mais sobre o assunto, pois parece realmente ser uma mão na roda pra quem não tem um capital muito grande pra investir. Abraço!

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