Você não existe. Isso o que você chama de “eu” é apenas uma ilusão e o apego a esse ego é a maior fonte de sofrimento da sua vida. É o que lhe impede de alcançar a plena felicidade.
As ideias acima fazem parte – de modo simplificado – da teoria da Dissolução da Noção de Ego, um dos principais ensinamentos do Budismo. Essa teoria serve muito bem para quem tem outras crenças e religiões, ou mesmo para quem não tem crença alguma e quer apenas se tornar uma pessoa mais livre, mais feliz.
Existem diferentes interpretações sobre o que seria exatamente a Dissolução da Noção de Ego. A lógica é a de que tudo o que existe no mundo está interligado e é interdependente. Não faz sentido, portanto, a visão dualista que normalmente temos entre “eu” e “os outros”.
Quando quebramos essa visão, paramos de julgar, condenar, brigar com os demais seres. Não teríamos como prejudica-los sem prejudicar a nós mesmos. E o melhor: ajudando-os, estamos ajudando a nós mesmos.
Mas quem seria esse “eu” que ajuda ou prejudica?
Quem é você?
Você é o seu corpo? Você se definiria como um amontoado de células, ossos, músculos e pêlos?
Você é a sua mente? Por acaso você a controla? Experimente fechar os olhos por alguns segundos e prestar atenção somente na sua respiração.
Você vai notar que, após um pequeno espaço de tempo, seus pensamentos vão longe. Mas como isso acontece? Não é você que controla a sua mente e não era você quem ia focar somente na respiração?
Quem já praticou um pouco de meditação sabe que os pensamentos surgem e desaparecem num espaço amplo. Algumas vezes nos apegamos a um deles, afirmando que somos nós quem estamos o pensando. Mas não seria o contrário? Não seriam os pensamentos que pensam a si mesmo?
Sendo assim, você ainda é a sua mente?
Quanto mais você tentar observar, mais vai ver que não existe um “eu” intrínseco a quem se apegar. O personagem que construímos constrói também um mundo só dele.
“Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de Universo, é uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto ─ uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza. Ninguém pode conseguir isso totalmente, mas a luta para a realização desta façanha, em si mesma, é parte da libertação e base da segurança interior.” – Albert Einstein
Entendendo que não há distinção entre o “eu” e “os outros” podemos amar incondicionalmente todas as criaturas vivas, podemos perceber que não há momentos ordinários. Por mais piegas que possa parecer, essa é uma forma ampla e sábia de se viver. A compaixão que vem dela gera altos níveis de felicidade, que é o que todos nós buscamos na vida.
Liberte-se da prisão do ego
Quando a percebemos a não-dualidade, essa percepção é libertadora, porque abre um caminho maravilhoso de novas possibilidades.
Geralmente, o que fazemos é o processo inverso. Nos martirizamos, nos culpamos por não seguirmos uma conduta que achamos que deveríamos ter, mas que não conseguimos seguir com consistência. O resultado é frustração e tristeza.
Essa é uma espécie de autoviolência que encontra fundamento em várias religiões, inclusive na Católica. É a ideia de que já nascemos com pecados e devemos nos punir sempre que cometamos alguma falta que não esteja condizente com aquilo que se espera de nós.
Algumas pessoas dizem que a prática budista visa dissolver o eu. Não compreendem que não existe um eu a ser dissolvido. Existe apenas a noção do eu a ser transcendida. – Thich Nhat Hanh
A ilusão do ego é o resultado de uma visão corrompida da nossa relação com o mundo. É como uma doença que toma vida dentro de nós, que precisa ser tratada para que se restabeleça o equilíbrio da vida.
Para o budismo, essa doença é tratada através de um caminho prático de ações no cotidiano, sem nada de misticismo. Esse caminho é chamado de Nobre Caminho Óctuplo e sua prática, por si só, já é a própria libertação.
Em outras palavras, não se percorre o caminho para chegar à felicidade. A felicidade é o próprio caminho.
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O meu Eu é o meu mair adversario
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Libertação do Ego. – Fundamentalismo quase inacessível nos seres humanos. A população ocidental, teve a consciência,, educada a partir de seu nascimento, com princípios de estruturação assimilada ao ensinamento religioso pertinente ao Ocidente. A mesma, é acometida, de questionamentos sistemáticos de compreensão. inexorável á um novo conceito religioso. A tentativa de superação, tem que ser validada, pela compreensão total, do significado de uma nova vida. (Carlinhos Milker)
Quando investigo em mim mesmo, sinto que não existe um caminho, um processo, mas que é algo instantâneo, como o ver… claro, estou falando de forma intelectual, de minha conclusão, mas ‘sinto’ que qualquer caminho, esforço, meta, conduta, é apenas ação do próprio ego se perpetuando, uma artimanha da mente. Por exemplo; quem vai dissolver o ego? Eu! que é o mesmo ego que se prontificou a dissolver, entende? No esforço de enxotar o ego pela porta da frente, ele entre pela porta dos fundos…rsrsrsr. Só o fato de criarmos uma imagem ideal, um ser sem ego, que será atingida ou conquistada no futuro, isso em si é ego!
exatamente assim ne
Duas coisas, primeiro não é que eu não exista, o que não existe é o ego, então as leis universais existem, mas sem ego. Segundo no último parágrafo do subtítulo – Que é você? Diz que não há diferença entre o eu e os outros, mas existe sim! Só que essa diferença é apenas na superfície, na camada mais profunda do ser, aí sim não há diferença, saber a diferença entre realidade relativa e última é muito importante, e mais importante ainda é saber que são somente camadas de um mesmo processo, igual a uma cebola, que não deixa de ser uma coisa só porque é feita de diferentes camadas.
Sim Já conversei com MINHA EX MULHER sobre o poder do cérebro. E passei a me tornar um estudioso, e de fato o ” EU” é uma construção é fruto de processamentos neuronais, assim não deixa de ser uma ilusão. Passou muitos anos até conseguir conhecer isso. E para terminar ,o outro usuário que comentou acima CLÁUDIO PARECE QUE NÃO ENTENDEU NADA.