O mercado de ações é, por sua própria natureza, volátil. Dependendo da quantidade de pessoas querendo comprar ou vender, o preço das ações pode subir ou descer em uma velocidade impressionante.

Para ficarmos com um exemplo bem atual em 2015, falemos das ações da Petrobras.

No dia 28 de janeiro, com as notícias sobre os casos de corrupção na empresa, o preço de uma ação caiu nada menos do que 11,21%. Em apenas um dia. Poucos dias depois, nova variação impressionante, desta vez para cima: +15,47% no dia 3 de fevereiro.

Você pode estar pensando, então, que a pessoa que perdeu muito dinheiro no final de janeiro acabou ganhando muito no início de fevereiro. Mas infelizmente a matemática não é tão linear.

Suponha que você tivesse R$ 10 mil investidos em ações da Petrobras no dia 28 de janeiro. Com a forte queda de 11,21%, seu patrimônio seria diminuído para R$ 8.879,00. Uma perda de R$ 1.121,00.

Agora digamos que você manteve o sangue frio e não vendeu suas ações na baixa. Sorte sua. Cinco dias depois, houve a forte alta de 15,47%. Uma alta maior do que a queda anterior!

Isso significa que você tem 15% a mais do que os seus R$ 10 mil iniciais?

Não.

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Com a alta de 15,47% no dia 3 de fevereiro, o seu total agora passaria para apenas R$ 10.252,58. Um pouquinho a mais do que você havia inicialmente investido.

Isso ocorre porque a alta de 15,47% é sobre os R$ 8.879,00, não sobre os seus R$ 10 mil iniciais.

Em termos mais simples, se as suas ações perdem 10% do valor em um determinado dia, não basta que elas subam 10% no dia seguinte para que você recupere o seu investimento. Elas precisam subir 11%!

Os valores vão aumentando. Quanto maior a queda, maior a alta necessária para recuperar o seu dinheiro. O valor pode chegar a números impressionantes.

Pense em uma catástrofe: uma perda de 75%. Sabe quanto essa ação teria que valorizar apenas para voltar ao valor inicial? Impressionantes 300%!

Se você perde Tem que ganhar
5% 5%
10% 11%
15% 18%
20% 25%
25% 33%
30% 43%
35% 54%
40% 67%
45% 82%
50% 100%
75% 300%
90% 900%

Você pode estar pensando: ah, mas nenhuma ação se desvaloriza tanto assim!

Vamos voltar ao exemplo da Petrobras, analisando uma série história. Em novembro de 2014, em apenas dois meses, as ações da empresa despencaram 50%. Entre 2010 e 2014, o preço médio dos papéis caiu 64,37%.

É possível, por exemplo, que alguém que comprou uma ação da Petrobras a R$ 50,00, no pico histórico, tenha em mãos em janeiro um papel que vale apenas R$ 8,18.

Olhe na tabela quanto as ações teriam que subir para se recuperar de um tombo desse tamanho.

Como se proteger de variações bruscas nas ações

A melhor forma de se proteger das variações bruscas no mercado de ações é diversificar entre diversas empresas, utilizando ETFs, e principalmente não investir todo o seu dinheiro em renda variável.

Conforme já dito no Mude.vc, você deve adotar a estratégia de alocação de ativos e dividir os seus investimentos em diversas classes. Ou seja, em vez de apenas investir em ações, também deve investir em renda fixa, imóveis, câmbio etc.

Lembre-se que o balanceamento não deve ser feito apenas em termos percentuais. Por exemplo, se você dividir o seu dinheiro 50% em ações e 50% em renda fixa, isso não será um portfólio balanceado, porque as ações são relativamente muito mais arriscadas do que a renda fixa.

Ray Dalio, um dos maiores investidores do mundo (e autor do vídeo acima, infelizmente disponível apenas em inglês), afirma que as ações são três vezes mais arriscadas do que renda fixa. Assim, um portfólio balanceado teria apenas 30% em ações e os outros 70% divididos entre renda fixa, câmbio e commodities.

Concluindo, você deve investir sim em ações, mas deve reservar apenas parte dos seus investimentos para essa classe de ativos e deve sempre manter o sangue frio para evitar o erro mais comum dos pequenos investidores: comprar quando o preço está alto e vender quando o valor está baixo.

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