Ontem foi dia de riscar da lista mais um desafio do Mude.vc: voar de balão.
Aproveitei o 3º Festival Nacional de Balonismo aqui em Brasília para saber como era a experiência de entrar em um cestinho e voar sem saber onde se vai parar.
A decolagem foi mais tensa do que deveria. Os ventos estavam muito fortes e a saída, que seria às 15h30, só ocorreu mais de uma hora depois. Havia vários balões na Esplanada dos Ministérios, mas nenhum se arriscou a sair com os ventos fortes.
Nenhum, exceto o nosso. O balonista Alessandro Taveira puxou a fila e sofreu um pouco para inflar a “aeronave”. O vento puxada o danado para lá e para cá enquanto a equipe tentava enchê-lo de ar quente. Havia muita gente em volta, já que era aniversário da cidade e ocorreriam shows de Maria Gadú, Lenine e outros a poucos metros dali.
Durante o processo de montagem, deu para ouvir os membros da equipe comentando que “esse voo ia ser punk”. Apesar disso, o piloto nos tranquilizou dizendo que voaríamos utilizando o moderno sistema de navegação SDS (Só Deus Sabe).
Não deu nem tempo de pensar em desistir. Assim que o balão se pôs de pé já gritaram para subirmos no cestinho. Além do balonista, só cabiam mais duas pessoas. Foi só pularmos o cesto e, quando vimos, já estávamos começando a flutuar.
Por ter sido o primeiro balão, a multidão que estava abaixo começou a aplaudir. A saída do nosso balão parece ter animado os demais e logo o céu da capital estava tomado pelos gigantes coloridos.
O balão partiu da frente do Congresso Nacional, sobrevoou toda a Esplanada dos Ministérios e passou por cima do palco onde começavam a acontecer os shows do aniversário da capital.
O vento continuava muito forte, fazendo o balão atingir uma velocidade acima do comum. Lá em cima, no entanto, a sensação é de tranquilidade total. O cesto não balança e, já que você está acompanhando o vento, não o sente de verdade. A chama esquenta um pouco, mas nada que incomode.
A navegação SDS acabou nos levando para cima do novo Estádio Nacional Mané Garrincha, que havia sido “inaugurado” oficialmente naquele dia. Passamos muito rente à cobertura do estádio. Um casal amigo nosso que estava em um balão logo atrás achou, inclusive, que pousaríamos na cobertura.
Desde que saímos, todos haviam comentado que a aterrissagem seria o momento mais tenso. O balão começou a descer logo depois que passamos por cima do estádio, pois o balonista estava temeroso que o vento voltasse a soprar mais forte. Também já era fim de tarde e estava escurecendo.
Os comentários tornaram o pouso mais tenso do que o necessário. Passamos bem perto de algumas árvores e de linhas de distribuição de energia elétrica, chegando ao autódromo de Brasília. O grito de “Segura!” veio em seguida, mas o balão pousou perfeitamente. Deu uma batida no chão, voltou a flutuar um pouco e finalmente descansou de vez sobre o solo, a três centímetros de destruir um cupinzeiro gigante que havia no chão.
Do nada já apareceu a caminhonete da equipe e o pessoal ajudou a segurar o balão em terra. Descemos a tempo de fotografar e filmar alguns dos outros balões descendo, embora nenhum tenha aterrissado na mesma área que o nosso.
A aventura não durou mais do que 20 minutos, por conta das condições climáticas. Apesar disso, valeu muito a pena e recomendo a quem tiver a oportunidade. A próxima parada dos balonistas será na cidade de Torres (RS), onde acontece o 25º Festival Internacional de Balonismo de 1º a 5 de maio de 2013. Vai encarar?
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Só faltou falar o “quanto” ? :D
O voo custou 250 dilmas.
Não costumo colocar preços em posts porque o tempo passa, os preços sobem, e o post fica desatualizado. :)