Você está cansado de se imaginar tirando um som de uma guitarra? Ou de pegar o violão e tentar arranhar umas quatro ou cinco músicas com cifras achadas na internet em sites de teoria musical para iniciantes?
Milhões de pessoas no mundo todo gostariam de aprender a tocar um instrumento. Algumas até dão um passo além e compram um instrumento para tentar aprender. Depois de algumas tentativas, acabam desistindo por acharem que “não tem talento para isso”.
Será que é mesmo uma questão de talento? A verdade é que, se você não estudar teoria musical para iniciantes do jeito certo, você nunca vai ser capaz de tirar um sol legal de qualquer instrumento que seja.
Esqueça a ideia do “talento nato”. Todos os grandes músicos só se tornaram bons com seus instrumentos depois de horas e horas de prática, de estudo, de erros e acertos.
Por que você acha que com você seria diferente? Você realmente acha que vai tocar bem um instrumento só por ver uns vídeos no YouTube e tentar tocar uma música uma ou duas vezes por semana?
E se nós dissermos que há uma maneira melhor de você começar a estudar música pra valer, do jeito certo, enquanto se diverte no processo? E se nós dissermos que, praticando corretamente, você pode evoluir exponencialmente em poucas semanas, de modo até a assustar as outras pessoas com a sua evolução?
Para isso, você precisa antes de qualquer coisa aprender teoria musical para iniciantes.
Teoria musical para iniciantes
O mundo moderno é cheio de atalhos. Queremos um hack para aprender a tocar guitarra em 10 dias e sair dedilhando como Jimi Hendrix depois de fazer um curso on-line.
Infelizmente, não é assim que funciona. Nem com música nem com a maioria das coisas.
Se você quer realmente vencer o desafio de aprender a tocar um instrumento, precisa começar a estudar música pela teoria musical. E mais: pela teoria musical para iniciantes.
Seu violão e as cifras que você encontra pela internet de pouco vão adiantar se você não dominar conceitos básicos de música como melodia, harmonia e ritmo.
- Melodia: aquela parte da música que pode ser cantada
- Harmonia: a sobreposição de notas musicais que servem de base para a melodia
- Notas musicais: os elementos mínimos de um som. Por exemplo, quando uma corda vibra, movimenta as moléculas do ar ao seu redor na mesma frequência. Nosso ouvido capta essa vibração e nosso cérebro a processa atribuindo-lhe um som. Para cada frequência de vibração, o cérebro atribui um som diferente (uma nota diferente). Existem doze notas musicais e a menor distância entre elas é um sustenido.
- Tom e Semitom: a distância entre dois sustenidos é chamada tom. Semitom, portanto, é a distância entre apenas um sustenido (representado pelo símbolo #). Assim, as doze notas musicais são dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. Em um piano, você pode visualizar bem as teclas pretas contendo os sustenidos e as teclas brancas com as demais notas.
- Oitava: uma oitava compreende a distância entre as doze notas.
- Acorde: a união de duas ou mais notas musicais tocadas simultaneamente.
- Ritmo: a marcação do tempo de uma música
- Timbre: o formato característico de uma onda sonora de acordo com o material que a produziu. É o timbre que faz com que uma nota Ré tocada em uma flauta seja diferente da mesma nota tocada em uma guitarra.
Prática deliberada: Como estudar música de maneira efetiva
Os conceitos acima formam apenas o básico do básico para você começar a estudar música a sério.
O que você precisa fazer agora é definir uma rotina de estudos e efetivamente executá-la da forma como o Dr. Noa Kageyama chama de prática deliberada.
Geralmente quem está tentando estudar teoria musical para iniciantes vem com a seguinte pergunta: quantas horas por dia eu devo praticar?
O Dr. Kageyama respondeu, em um brilhante artigo, que a quantidade de horas praticadas por dia não é o fato essencial para você evoluir como músico, seja profissional ou amador.
Ele refuta a famosa teoria das 10 mil horas, elaborada pelo psicólogo K. Anders Ericsson e tornada famosa no mundo inteiro depois de publicada no livro Outliers, de Malcolm Gladwell.
O que o Dr. Kageyama defende é que você pratique, o tempo que for, desde que o faça com plena atenção.
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Quero receber a aulaSegundo ele, pegar o seu instrumento musical e ficar tocando de qualquer jeito só para cumprir uma determinada carga horária não apenas é uma perda de tempo como torna você menos confiante.
Se é assim que você estuda, vai começar a notar que mesmo com o passar do tempo, não consegue perceber nenhuma evolução. Continua tocando sempre as mesmas (poucas) músicas, com a mesma (pouca) qualidade.
Ao invés disso, a prática deliberada é um processo ativo e profundo de experimentação com metas claras e hipóteses. Ela é lenta e envolve a repetição de partes pequenas da música até que os erros sejam eliminados.
O que os melhores músicos do mundo fazem para aprender melhor
A Universidade do Texas conduziu um estudo para verificar os métodos de estudo específicos que diferenciavam os melhores músicos e os estudantes mais efetivos.
O experimento foi feito com 17 estudantes de piano, que se submeteram a aprender uma passagem de três compassos do Concerto nº. 1 para Piano de Shostakovich. Essa passagem tinha partes complicadas, tornando-a difícil de ser executada à primeira vista, mas não tão difícil a ponto de não poder ser aprendida em uma única sessão de estudo. Escute-a:
Analisando os resultados do estudo, os pesquisadores concluíram que estudar por mais tempo, repetir mais vezes a música ou mesmo tocá-la corretamente várias vezes não foram as melhores estratégias.
Além disso, foi verificado que quanto mais vezes os estudantes tocaram a música incorretamente em seus estudos, pior foi o resultado final.
A conclusão foi que existem especificamente duas estratégias que diferenciaram os melhores estudantes dos demais:
- A correção precisa dos erros: os melhores resultados vieram dos estudantes de teoria musical para iniciantes que identificavam precisando onde estavam errando, para estudar novamente esse pequeno trecho e corrigi-lo.
- A diminuição da velocidade: em vez de tentar tocar a música nova no seu ritmo normal, os melhores estudantes diminuíram deliberadamente a velocidade de execução, de forma a tocar de forma mais precisa e coordenar o movimento das mãos.
Essas duas estratégias formam a base da prática deliberada.
Como elaborar uma estratégia para começar a estudar música
Agora você já pode entender porque não consegue aprender a tocar um instrumento, ou porque não evolui da forma como gostaria.
E se, a partir de hoje, você montasse uma estratégia de prática deliberada para aprender ou evoluir no seu conhecimento musical?
E se você pudesse se ver evoluindo, semana após semana, de maneira estruturada e divertida, até que em pouco tempo esteja dominando o seu instrumento, tirando o som que sempre quis e finalmente obtendo os resultados que desejava há tempos?
Este é o desafio que o Mude.vc lhe propõe hoje: montar a sua estratégia de estudo.
Para isso, siga esses passos:
- Defina os dias e a duração dos seus estudos: a duração deve ser o tempo máximo que você consiga estar focado na prática. Lembre-se: passar mais tempo pode ser até contraprodutivo. Escolha também os dias em que irá praticar e, se possível, até mesmo o horário.
- Defina suas metas com base semanal: a cada semana de estudos, defina uma meta para si próprio. Pode ser dominar determinado conceito de teoria musical para iniciantes, pode ser tocar melhor certo trecho de uma música, pode ser aprender uma escala. Há muito tempo, especialistas em produtividade pessoal definiram que as metas devem ser Smart, palavra que significa “esperta” (em inglês), mas que também é um acrônimo para específicas (Specifics), mensuráveis (Measurable), realizáveis (Achievable), relevantes (Relevants) e com prazo definido (Timed). Verifique se as suas metas para aquela semana cumprem todos esses requisitos.
- Foque-se em corrigir os problemas: estudar com atenção plena significa que você deve identificar claramente os problemas que estão travando a sua evolução. No seu estudo, pegue papel e caneta e anote com clareza a definição do problema, liste possíveis soluções em ordem de preferência e vá testando-as uma a uma. Diminua a velocidade da música para corrigir os erros com mais facilidade.
- Estruture o seu estudo em fases: uma boa ideia de estrutura é começar com estudo teórico, aquecer-se com exercícios de escalas, modulações e arpejos e depois seguir para a prática de uma música específica.
Seguindo os ensinamentos deste post e praticando deliberadamente, mesmo que apenas 20 minutos por dia, em poucas semanas você terá aprendido teoria musical para iniciantes, evoluído no desafio de tocar um instrumento e adquirido uma disciplina de aprendizado que você pode levar para qualquer outra área da sua vida.
E aí, topa o desafio?
P.S.Se você quer saber como montar um plano de vida que te faça assumir o controle do seu próprio futuro, clique aqui para receber uma aula especial do curso Planejando Sua Vida.
Mas bah se topo!
Valeu! Osmar
Muito bom.
Osmar estou firme para começar
Excelente!
como estudar teoria musical
Existem livros maravilhosos. Tive professores que – ou não sabiam ou não queriam ensinar. Então, descobri os livros e eles me ajudaram a chegar num nível de conhecimento muito alto.
Obrigado,ótimas dicas um abraço
Preciso de ajuda…
Estudei a muito tempo durante 8 anos num piano acústico e agora quero voltar meus estudos, porém nun piano digital porque moro em apartamento….qual seria um melhor piano para recomeçar…vi um yamaha p45 um p115, mas existem outras marcas boas mas em conta,,,você pode me ajudar?
Com certeza, preciso…
Gostei muito das dica de como aprender a tocar um estrumento
Estou pronto
Caraca, mano, tu me esclareceu muita coisa, ótimo texto!
Animei. Vou aprender, pois é meu sonho desde criança.
Afinal quem pode me ensinar a aprender tocar musica assim?
Achei interessante o método vou tentar…
Boa sorte, Laura. Torcemos por você!
Amei
Obrigada
Bacana. Estou com muita vontade de voltar a praticar, e esse post me deu uma animada. Obrigado Walmar.
Vou elaborar meu cronograma, agora vai dar namoro com a música!
Sábios conselhos. Gratidão pelos ensinamentos, agora e sempre: Viva a Música!
Totalmente!